Saiba mais sobre os bastidores da Liga NFA, campeonato independente de Free Fire, que possui uma super estrutura de transmissão
A Season 4 da Liga NFA foi um divisor de águas na forma como o campeonato produz suas transmissões. Ao mesmo tempo, os fãs puderam acompanhar disputas entre os grandes times de emulador, com direito a show, convidados especiais e um cenário todo criado especialmente para a competição.
Como o primeiro maior campeonato independente de Free Fire do mundo, a NFA bateu recordes em sua grande final. Ao todo, foram 587 mil pessoas assistindo a transmissão simultaneamente nas plataformas da BOOYAH! e YouTube. Além disso, o vídeo da final bateu mais de 4 milhões de visualizações em poucas horas.
Esses números surpreendem por se compararem ou até mesmo superarem grandes campeonatos que já estão consolidados no mercado dos esports. Um exemplo disso é o CBLOL (Campeonato Brasileiro de League of Legends), que contou com 396 mil espectadores durante suas finais.
Dessa forma, cada vez mais o Free Fire vêm ocupando uma posição de destaque no cenário competitivo de games digitais, abrindo espaço para produções cada vez maiores!
Holofotes sobre o Free Fire
“O Free Fire é muito mais do que um joguinho”. Essa é uma frase bem comum entre os fãs de Free Fire. Atualmente a frase tomou uma proporção muito maior! Isso porque, o Free Fire se tornou um espaço que abre portas para investidores, campeonatos, jogadores e até para outros profissionais.
Luisa Saro é a nova caster da NFA, durante a Season 4, fez a cobertura dos stories
“A valorização do cenário do esports hoje em dica está em ascensão em diversos jogos e se difundindo no Brasil de forma extremamente rápida. Consequentemente, estaremos auxiliando o mesmo a crescer e se desenvolver com intuito da longevidade do cenário”, afirma Marcelo Camargo, CEO da NFA.
Lançado em setembro de 2017 pela Garena, o Free Fire chegou em maio de 2019 com um total de 450 milhões de jogadores registrados no mundo inteiro.
A evolução da NFA
A NFA (National Free Fire Association) nasceu em 2019 da paixão dos amigos e sócios Bernardo Assad e Marcelo Camargo pelo jogo. Assim, com o objetivo de profissionalizar as equipes, o primeiro campeonato começou no dia 01 de maio, unindo 12 times da comunidade do jogo.
Mesmo no começo, a ideia de uma liga como a NFA recebeu muito apoio no público, isso porque, a primeira live alcançou picos de 10 a 15 mil espectadores na plataforma do YouTube. Depois disso, a NFA ganhou um novo sócio, Samuel Gonçalves, e segue crescendo, trazendo novos campeonatos para o cenário.
Desde o início de 2020, as transmissões da NFA acontecem em um novo estúdio, o Hangar X. O espaço é maior que o inicial e com melhorias para acompanhar o crescimento do competitivo de Free Fire. Além disso, a Agência ABCM cria toda a parte de artes e identidades visuais da liga.
Desde o começa da Season 4, o campeonato contou com transmissão presencial do estúdio com diversas atrações e cenário exclusivo
Agora, o foco é seguir criando competições que encham os olhos dos espectadores e destaquem o Free Fire.
De olho nos bastidores
Com o crescimento dos holofotes sobre o Free Fire, a curiosidade para conhecer mais dos bastidores das transmissões cresceu. Assim, na NFA, as lives contam com profissionais que coordenam desde a parte do audiovisual até o cumprimento das regras por parte dos jogadores.
Conheça o estúdio onde as transmissões acontecem:
Estúdio da NFA usado durante o mês de outubro de 2020 para a Season 4 da NFA (Arte: Fluzp Design)
Da arte ao som
O som e o cenário são peças chaves para que qualquer transmissão sejam 100%. Na NFA, Jorge “CalibaN” Abieri é responsável pela direção artística.
Sendo assim, seu papel nas lives é “desde alinhar identidade visual com a equipe responsável, até a criação e desenvolvimento do cenário. Tudo passa por mim, tem meu direcionamento e minha aprovação”.
Segundo CalibaN, a parte visual é muito importante para qualquer produto ou projeto. É como o corpo, a parte física e até mesmo a personalidade de um conteúdo.
Alê Maze, caster da NFA, sendo maquiada por Emily Paula de Oliveira antes da transmissão da grande final da Season 4
“Um cenário bem pensado artisticamente não só precisa ter um visual legal, mas precisa comportar uma dinâmica de show que seja interessante aos olhos do público”, ele completa.
E se tem uma dupla perfeita para a direção artística é o som! Henrique Melo é técnico de som nas transmissões da NFA. Em sua rotina de trabalho, ele testa os equipamentos que serão usados na live, organiza microfones e in-ears e “microfona” os casters. Durante o ao vivo, fica na mesa de som, cuidando dos áudios que serão transmitidos de acordo com o que aparece no ar.
Para ele, “assim como gestos, o som propaga sentimentos: bons, ruins e outros. No nosso caso é a emoção, a vibração e trazer a torcida do público de casa, já que ainda não temos uma plateia conosco”.
Por fim, todos trabalham em conjunto para o show acontecer na telinha do computador, celular e televisão dos fãs.
Regras e estatísticas
E quando a call é dada e o avião sobrevoa o mapa da partida, uma outra equipe entra em ação. A NFA conta com um grupo de League OPS, os juízes da competição. O papel deles é estar sempre de olho para conferir se todos os jogadores estão de acordo com as regras.
Jorge Pereira Corrêa faz parte do corpo de League OPS e explica que seu trabalho é “facilitar a comunicação dos jogadores com o broadcast. Um League Ops faz a criação de salas, criação de key para o blackbox (anticheat usado pela NFA) e o atendimento em geral para as equipes”. Sendo assim, a equipe da transmissão recebe do League Ops quando qualquer problema acontece no jogo.
Além disso, o League OPS faz a penalização de equipes por infração de qualquer regra do campeonato. Para tal, alguns desses profissionais assistem e acompanham todas as partidas.
Equipe responsável pelo operacional durante a transmissão da Liga NFA Season 4
Suzana Pimentel de Paula também faz parte do grupo de League OPS da NFA e explica: “como League OPS, é muito importante estar sempre atenta, não somente aos jogos, como aos grupos onde as equipes estão presentes. Assim, conseguimos nos antecipar em ocorrências”.
Direto ao público
Quando a partida acaba, todos ficam curiosos para saber a classificação das equipes. Aí entra o trabalho da estatística. Ronaldo Walim assiste as partidas para coletar dados e mandá-los ao broadcast e usar nas lives.
“São coletados os dados durante as partidas tanto das equipes quanto dos jogadores. São dados de posição, número de kills e outros, todos dispostos em uma planilha”, explica Ronaldo.
Dessa forma, a transmissão se mantém atualizada até chegar nas redes sociais da NFA. Lá, as tabelas de classificação e MVP (Most Valuable Player) chegam aos seguidores.
Portanto, o trabalho em equipe faz as as transmissões da NFA acontecerem. Tudo isso para oferecer um verdadeiro show para os fãs de Free Fire!