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Especial – Persistência: prazer, Pandinha

Mulher, preta e nordestina. Pandinha tinha tudo para falhar em um cenário onde o machismo, o racismo e a xenofobia ainda são problemas difíceis de lidar, mas não falhou. 

Inspirada por si mesma e abraçada em uma oportunidade irrecusável, como classifica a mesma, Amanda de Oliveira, 26 anos, representa uma enorme parcela da comunidade que dia após dia corre atrás de uma chance. 

De João Pessoa para uma das maiores organizações de esportes eletrônicos da América Latina, Pandinha, assim apelidada por uma amiga, está em uma posição de prestígio.

1/6 da BLACK…

Pandinha faz parte do primeiro time 100% feminino que disputa a Liga NFA, o segundo maior campeonato independente do mundo.

Amanda nem sempre teve proximidade com jogos. Foi uma paixão que surgiu mais tarde, depois de criança. Descobriu o Free Fire através de amigos, e depois de passagens por Vincit e Bastardos, agarrou-se no projeto da FURIA, onde está dando seus primeiros passos no cenário competitivo ao lado de Karine, Letícia, Dayane, Gabrielly e Layla.

Tem sido cada vez mais maravilhoso fazer parte da BLACK. Disputar a Liga NFA, além de uma responsabilidade imensa, é um sonho realizado”.

Para alguns, pode soar arrogância quando alguém diz que se inspira em sua própria trajetória. 

Entretanto, o ato é louvável, quando se trata de uma mulher, em um cenário de tão poucas oportunidades. Bem como algumas de suas companheiras de equipe, Pandinha inspira-se em si mesma por tudo o que lida e precisa lidar pela posição que ocupa. 

Independente de tudo, a atleta se apoia na ideia de que “podemos alcançar tudo aquilo que sonhamos”, buscando um reconhecimento nada individual.

Meu objetivo é ser reconhecida, e através do meu reconhecimento influenciar outras pessoas a alcançarem os seus objetivos e chegar onde eu cheguei, ou até mais longe”.

Missão difícil, mas a paraibana não desiste fácil, muito pelo contrário…

Foi alvo de críticas e passou por situações que a levou a pensar em desistir. Todavia, se manteve de pé na sua persistência e esperança por dias melhores. Isso, não à toa, é o recado que deixa para as outras mulheres que pensam em abandonar a carreira, ou o sonho de viver do que ama.

Persistência e fé, constantes, podem fazer com que a vida se transforme na mais maravilhosa aventura a ser vivida, então persista e nunca desista”.

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